Roubo de 210 mil dólares em aeroporto de Londrina: suspeitos são presos após dois anos de investigação
05/11/2025
(Foto: Reprodução) Operação policial mira grupo que roubou US$ 210 mil em aeroporto de Londrina
Seis suspeitos de participação no roubo de 210 mil dólares em um aeroporto de Londrina, no norte do Paraná, foram identificados após dois anos de investigações da Polícia Civil (PC-PR). Eles foram presos nesta quarta-feira (5).
As seis pessoas são consideradas mentoras ou executoras do crime, que aconteceu em agosto de 2023, no estacionamento da escola de aviação do Aeroporto 14 Bis. Abaixo, relembre o caso.
No total, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva. Os alvos estavam em Londrina, Curitiba, Cambé e Alvorada do Sul, e também no estado de São Paulo: Assis, Tarumã e Bady Bassitt. Também foi solicitado a quebra de sigilo de dados e o sequestro de bens e valores.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Londrina no Whatsapp
Itens apreendidos pela polícia durante a operação desta quarta-feira (5).
Alceu Nascimento/RPC Londrina
Uma delas é dona de uma empresa de representação de bancos estrangeiros, de acordo com o delegado Matheus Prado. Ele pode ter atuado como mentor.
Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. Por isso, o g1 não conseguiu localizar as defesas.
Nesta operação, além dos investigados, uma sétima pessoa foi presa em flagrante por porte de drogas.
Foram apreendidas armas, munições, dinheiro em espécie, carteiras de perito judicial - que ainda não se sabe se são falsas -, celulares, eletrônicos e um carro avaliado em R$ 350 mil.
Navegue nesta reportagem para entender as atualizações sobre o caso:
Como foi o crime, segundo a polícia
Como foram as investigações
Como foi o crime, segundo a polícia
No dia 30 de agosto de 2023, três suspeitos foram até a escola de aviação, no Aeroporto 14 Bis, que é privado e está localizado próximo ao distrito da Warta.
"A vítima foi atraída para aquele local a partir de um suposta cliente da empresa. Esse suposto cliente enviou uma localização em tempo real, mancando um encontro com a vítima que supostamente iriam tratar sobre um negócio, uma relação negocial entre eles. Ao mesmo tempo, esse indivíduo também enviou a mesma localização para os executores do crime", explicou o delegado em entrevista, nesta quarta.
A vítima contou à polícia que iria à Cidade do Leste, no Paraguai, onde iria depositar o dinheiro em um banco.
Roubo aconteceu em escola de aviação, no aeroporto.
Pedro Ramalho
Os homens estavam usando uniformes falsos da Polícia Civil, com coletes a prova de bala, e realizaram uma abordagem no estacionamento. Armados, pegaram os 210 mil dólares, celulares e um computador.
A Polícia Militar (PM-PR) foi acionada pelo dono da escola e os suspeitos fugiram.
Horas depois, em uma área rural da cidade, um deles morreu em confronto com a PM. O nome do homem não foi divulgado. O celular dele foi apreendido, assim como o veículo e a arma usados no crime.
À época, foi divulgado que o valor roubado era de 10 mil dólares. No mesmo dia, foi corrigido pela polícia para a quantia atual.
Leia também:
Oportunidade: Paraná abre concurso público com 60 vagas e salários de R$ 12,9 mil
Aluguel por R$ 277, piscina e atendimento médico: Programa do governo oferece condomínio para idosos no Paraná
Polícia: Pai faz filho de 5 anos refém, ameaça matá-lo e morre baleado após tentar fugir da polícia
Como foram as investigações
As investigações começaram com a análise do celular do suspeito morto após o crime. No aparelho, o delegado divulgou que foi encontrado um grupo chamado "operação felicidade" em um aplicativo de mensagens. Por este grupo, os mentores e executores combinaram como o crime aconteceria.
A polícia, então, chegou ao nome das seis pessoas. Uma delas, presa em Londrina, tinha informações privilegiadas sobre movimentações de grandes quantias dinheiro, joias e bens. Com isso, organizou o roubo.
Além disso, Prado também informou que a vítima é investigada e a casa dela, em Bady Bassitt (SP) foi alvo de mandado de busca e apreensão. A polícia apurou que a origem dos 210 mil dólares pode ser ilícita porque a empresa de software - usada como suposta origem do dinheiro - servia como fachada para movimentação de grandes quantias.
VÍDEOS: mais assistidos do g1 PR
Leia mais notícias no g1 Norte e Noroeste.
